Síndrome de Down e o exercício físico
O Síndrome de Down é uma alteração cromossómica genética, que ocorre durante a divisão celular do embrião, na qual a trissomia do cromossoma 21 é a mais representativa, causando graus de dificuldades na aprendizagem e de incapacidade física altamente variáveis. É importante ressaltar que a síndrome de Down não é uma doença, mas uma alteração genética que provoca algumas características físicas e fisiológicas que precisam de se ter em conta no planeamento da atividade física.
É muito importante que pessoas com síndrome de Down pratiquem exercícios em todas as fases da vida. Na infância e adolescência, eles estimulam o crescimento e o desenvolvimento motor, além de contribuir para a motivação e para a formação social do indivíduo. Na idade adulta, previne contra problemas nas articulações, doenças cardíacas e enfermidades comummente associadas a quem tem alteração genética.
Características físicas e fisiológicas que precisam de se ter em conta no planeamento da atividade física:
· Atraso no desenvolvimento pré e pós-natal;
· Anomalias congénitas do coração cerca de 35%;
· Sistema imunológico frágil sujeita a doenças do aparelho respiratório;
· Híper flexibilidade das articulações, frouxidão ligamentar;
· Obesidade (compulsão alimentar);
· Instabilidade atlanto-axial (IAA) cerca de 10%;
· Fraqueza muscular (hipotonia);
· Espectativas de Vida entre 50 a 55 anos;
· Indivíduos com Síndrome de Down têm menor capacidade Física.
É importante lembrar que, antes de começar uma rotina de exercícios, é necessário procurar a ajuda de um médico ou especialista em exercício físico. O profissional precisa avaliar características como força, agilidade, postura, velocidade e coordenação para elaborar um programa adequado para quem tem essa alteração nos cromossomas.
Algumas pessoas com síndrome de Down, por exemplo, apresentam problemas respiratórios, ortopédicos e tendência à obesidade. Nestes casos, as atividades mais indicadas são caminhadas e passeios de bicicleta pelo menos duas vezes por semana. Estas indicações, claro, não são uma regra. Ao longo do tempo, com a melhoria do condicionamento físico, poderão ser considerados outros exercícios que demandem mais força e energia e que sejam mais agradáveis. É importante que a pessoa com síndrome de Down tenha um acompanhamento médico ou especialista em exercício físico mais próximo das suas condições gerais de saúde, bem como a orientação de um nutricionista para ter uma alimentação adequada às suas necessidades. O apoio de um psicólogo para ela e a sua família também deve ser considerado.
Alexandre Ichim