MUSCULAÇÃO EM IDOSOS E OS EFEITOS BENÉFICOS PARA O EQUILÍBRIO
Envelhecer é um processo natural e comum a qualquer ser humano e, com ele, surgem modificações funcionais e estruturais no organismo que podem trazer impactos negativos aos mecanismos responsáveis pelo equilíbrio corporal, um dos problemas mais frequentes nos idosos (Rossi et al., 2005).
Com vista a retardar estes efeitos, é necessário reforçar os músculos responsáveis pela movimentação, sendo que o equilíbrio está diretamente relacionado com a mobilidade articular e a força. Nesta linha, com base num estudo de Edmila Pedro e Danielle Amorim foi possível verificar que idosos que fazem musculação conseguem intervir positivamente no declínio das valências físicas mencionadas.
As quedas frequentes que alguns idosos sofrem justificam-se pela sua incapacidade em compensar as alterações dos sistemas relacionados com o equilíbrio, pelo que se torna essencial que recorram à prática de exercício físico com vista a recuperar a qualidade da mobilidade. Ocorrências como esta podem ter um grande impacto na autonomia, sendo que, em consequência das perdas de equilíbrio e quedas frequentes, o idoso opta por resguardar-se dos momentos em que é necessário andar ou até mesmo levantar-se, de modo a evitar a dor e sofrimento associados.
Nesse sentido, uma boa qualidade de vida requer independência funcional, que surgirá como um resultado direto da prática de atividade física. Conclui-se assim que, a idade, considerada muitas vezes um impasse à prática de exercício, deve trazer a consciência da necessidade de combater os declínios físicos próprios do desenvolvimento humano.
Duarte Encarnação